Vamos falar sobre a certificação IRMA, na perspectiva de mapeamento de stakeholders? Nesse artigo vamos explicar o que é o certificado e como ele está alicerçado pela gestão de stakeholders. Boa leitura!
Um empreendimento, operação ou intervenção que impacte na dinâmica de qualquer território requer da empresa responsável o (re)conhecimento daquela região. Esse (re)conhecimento deve ir muito além da parte legal – com solicitação de licenças e estudos de impactos – e abranger a compreensão sobre o modo de viver e os anseios daquelas pessoas que estavam ali antes da empresa se instalar. Para essa segunda alternativa, damos o nome de Mapeamento de Stakeholders .
A Bridge – Gestão Social atua no estudo e execução desses mapeamentos identificando, ouvindo e, também, construindo as redes de relacionamento entre os stakeholders que impactam ou são impactados pela operação do cliente. O trabalho exige um mergulho nas perspectivas dessas partes interessadas, acolhendo suas demandas e expectativas, de forma que a empresa se conecte com essa realidade e esteja preparada para se aproximar e construir convergências durante toda sua operação fazendo, então, uma boa gestão de stakeholders.
Essas são ações estratégicas que um empreendimento deve implementar para que sua intervenção gere o mínimo de impacto social e ambiental propiciando um caminho de diálogo e transparência no discurso organizacional. Tais atitudes contribuem, inclusive, para o reconhecimento dessas instituições em importantes certificações, como a IRMA (Iniciativa para a Garantia de Mineração Responsável).
Como o mapeamento de stakeholders pode contribuir com empresas que almejam essas certificações?
É o que vamos detalhar nos próximos tópicos. Primeiro, vamos explicar do que se trata a IRMA.
O padrão IRMA para a Mineração Responsável, de acordo com documento de orientação publicado em 2022, prevê um mundo onde a indústria de mineração respeite os Direitos Humanos e as aspirações das comunidades atingidas; oferece locais de trabalho seguros, saudáveis e respeitosos; evita ou minimiza os danos ao meio ambiente; e deixa legados positivos.
A IRMA foi fundada em 2006 por uma coalizão de organizações não-governamentais (ONGs), empresas que compram minerais e metais para os produtos que fabricam e vendem, trabalho organizado (por exemplo, sindicatos), comunidades atingidas e empresas de mineração.
O Comitê Diretor da IRMA fixou a missão de estabelecer um sistema de garantia de mineração responsável com múltiplos atores sociais e verificado de forma independente, que melhora o desempenho social e ambiental e cria valor para os principais locais de mineração.
O mapeamento de stakeholders é importante ferramenta para nortear a empresa acerca daqueles grupos interessados direta ou indiretamente em sua operação. Para rastrear esses stakeholders a equipe demanda grande mergulho em pesquisas de dados secundários e visitas em campo acolhendo e analisando os depoimentos e direcionamentos apontados por esses públicos – sejam de esferas governamentais, privadas, ONGs, associações ou lideranças formais e informais.
Ao construir essa matriz, a Bridge extrapola as áreas territoriais e escuta, também, atores cuja atuação, influência e poder possam interferir no empreendimento, considerando as diversas instâncias de poder e, em tempos “líquidos”, as redes sociais.
Todo esse esforço apoia a consultoria na construção de um Plano de Engajamento com Stakeholders que reúne estratégias envolvendo as partes interessadas nas áreas de influência do empreendimento.
A comunicação e o relacionamento junto a esse público são mandatórios no processo de construção da reputação de qualquer organização e devem ser bem estruturados, com regularidade definida, ferramentas e linguagens variadas que cuidem da imagem da empresa diante dos stakeholders.
Esses critérios são fundamentais para atender as premissas estabelecidas pela IRMA – que, por sua vez, atende às diretrizes do IFC (International Finance Corporation) referentes à participação das partes interessadas.
Assim, assegurando:
✓ os Direitos Humanos;
✓ a participação de mulheres, jovens e idosos;
✓ respeitando as culturas locais;
✓ considerando a capacidade de entendimento e letramento dos públicos a fim de adequar linguagem e formato para compartilhamento de informações;
✓ garantindo o acesso dos participantes às respectivas ações e atividades de engajamento.
E, principalmente, endereçando os temas críticos e relevantes a partir da expectativa daqueles que são influenciados ou influenciam seu negócio: É este o caminho para a efetiva gestão de seus stakeholders, com vistas à construção de uma reputação positiva para a organização.
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